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Autoridades da região da Alta Mogiana visitam PCH Anhanguera.
O grupo de 3ª idade Nati Reviver, de Guará, visitou a PCH Anhanguera, onde tiveram palestras sobre fauna e flora.
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PCH Anhangüera: Imitando a Natureza
01/08/2009
___________________________
por: Julian Cunha
No processo de formação de uma floresta, algumas das espécies de plantas que compõe a comunidade dessa floresta, ao serem introduzidas e ou completarem seu ciclo de vida modificam as condições desse ambiente, permitindo que outros seres - plantas, animais, insetos, etc. - mais exigentes possam habitá-lo. Esse processo pelo qual, numa fase inicial, uma espécie altera as condições do seu ambiente de modo que as outras espécies tenham maior facilidade de se estabelecerem, é chamado de facilitação1.
Há algumas espécies que são capazes de modificar os ambientes de forma mais acentuadas, são as chamadas "facilitadoras".
As espécies arbóreas como todo ser vivo têm crescimentos diferenciados; as de crescimento rápido ao ocuparem áreas em processo de formação geram no solo pequenos agregados de outras espécies ao seu redor, acelerando assim, o processo de sucessão primária. Esse aumento do ritmo de colonização, a partir de uma espécie promotora, é denominado de nucleação2.
O processo de estabilidade de uma área reflorestada relaciona-se mais com a diversidade de interações entre os organismos (interações entre solo - flora - fauna) que a habitam do que com a sua estrutura; para alterar essa estabilidade é fundamental e importante o emprego de técnicas nucleadoras, pois elas serão capazes de refazer, dentro das comunidades, distintos nichos ecológicos associados aos organismos que as compõem3.
A ausência da dispersão aliada a altas taxas de predação limita a disponibilidade de sementes e, conseqüentemente, a eficiência e a velocidade da sucessão secundária, ou seja, a ocupação de uma área por outras espécies, após a ocorrência de perturbação nessa área e influenciada pelo tipo de comunidade previamente existente4.
As espécies arbóreas remanescentes em áreas abandonadas, após uso na agricultura ou em pastagens mostram que as mesmas atraem pássaros e morcegos que procuram alimentos e abrigo para repouso. O conhecimento popular mostra que algumas plantas, quando frutificadas, exercem uma grande atração sobre a fauna; elas atraem: os animais que vêm se alimentar de seus frutos e, os animais que as utilizam para se alimentar de outros animais. Estes animais propiciam o transporte de sementes de outras espécies, mais avançadas na sucessão, contribuindo para o aumento das sucessões de comunidades florestais secundárias5.
A conclusão é que a fauna é um fator preponderante no processo de nucleação. Isto sugere que as plantas que são capazes de atrair uma fauna diversificada, devem ser utilizadas como promotoras de encontros interespecíficos dentro de áreas degradadas, exercendo papel de nucleadoras6.
Os técnicos da CELAN, para refazer a área de preservação permanente ao entorno do reservatório da PCH Anhangüera, usaram o modelo tradicional de recuperação (plantio direto de mudas nativas), conforme recomendação dos órgãos ambientais. Esse reflorestamento foi comparado pelos técnicos da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) como de reflorestamentos em UHE (Usina Hidroelétrica de Energia).
Equipe da Flora
Os técnicos da CELAN, analisando estudos de outros pesquisadores7, observaram com o uso desse modelo tradicional, saltam as fases iniciais da sucessão, caracterizadas pela colonização por ervas, lianas, arbustos e arvoretas, inibindo interações planta-animal e estagnando a sucessão natural; assim, foram reservados 2,7602 hectares para nesta área serem plantadas as espécies empregando técnicas de nucleação baseadas em conceitos de ecologia básica, tais como, sucessão, heterogeneidade de ambientes, facilitação, interações interespecíficas (dispersão, polinização e predação), cicatrização, procurando sempre imitar a natureza, com mínimos insumos, restituindo as diferentes etapas de um ambiente.
As técnicas utilizadas: a) contenção de gramíneas invasoras; b) formação de abrigos artificiais, através do empilhamento de galhos secos, para alimentação e abrigo de consumidores e decompositores (desencadeando as cadeias tróficas), além da restituição do solo; c) transposição de chuva de sementes, para introdução de plantas regionais que frutificam em todos os meses do ano (manutenção de fauna) e de todas as formas de vida, visando promover fluxo gênico com as populações dos fragmentos florestais mais próximos; d) transposição do solo para restituição do banco de sementes e biota do solo; e) poleiros artificiais para atração da avifauna e quiropterofauna (morcegos); f) plantio de mudas de espécies arbóreas em núcleos adensados para facilitar a regeneração de espécies nativas.
Para cada técnica nucleadora, foi adotado um monitoramento baseado na função principal dessa técnica. Os parâmetros utilizados no monitoramento da nucleação ecológica são: diversidade de espécies; presença de animais polinizadores e dispersores; sinais de fauna como fezes, pegadas, trilhas, tocas; cobertura vegetal; eficiência na eliminação de espécies invasoras agressivas; potencial dos núcleos implantados para atrair outras espécies vindas dos fragmentos vizinhos.
Na tabela abaixo está o detalhamento do monitoramento das técnicas nucleadoras instaladas:
TÉCNICA INDICADORES
Transposição da galharia
Tempo de decomposição
Diversidade de espécies
Forma de vida das espécies
Presença de animais
Transposição do solo e banco de sementes
Diversidade de espécies vegetais
Forma de vida das espécies
Cobertura vegetal
Espécies em floração
Poleiros artificiais
Presença de avifauna
Deposição de sementes
Germinação de sementes sob o poleiro
Plantio de mudas em grupo
Sobrevivência das mudas
Cobertura do núcleo
Presença de espécies regenerantes
Espécies em floração
Observando hoje, a riqueza de espécies vegetais e a estrutura (tamanho) da área de preservação permanente ao entorno da PCH Anhangüera, cujo reflorestamento iniciou-se a pouco mais de um ano, através do trabalho dos técnicos da CELAN, tem-se a certeza da utilização das técnicas nucleadoras em complemento ao método tradicional de reflorestamento. É a inovação complementando o tradicional.
É a técnica imitando a natureza.
Enleramento da galharia
Transposição do solo e do banco de sementes
Poleiro artificial
Plantio de mudas em grupo
______________________________________
1 - RICKLEFS, R.E. A economia da natureza: um livro texto em ecologia básica. Ed. Guanabara/Koogan, Rio de Janeiro, 3ª ed., 1996. p. 357-358.
2 - YARRANTON, G.A. & MORRISON, R.G. Spatial dynamics of a primary sucession: nucleation. Journal of ecology, British Ecological Society, vol.62, nº2, 1974. p. 417-428.
3 - ODUM, E.P. Ecologia. Ed. Guanabara, Rio de Janeiro, 1986. 263 p.
4 - SOUZA, F.M. Estrutura e dinâmica do estrato arbóreo e da regeneração natural em áreas degradadas. Dissertação de mestrado. Piracicaba: Universidade de São Paulo, 2000. 69 p.
5 - REIS, A.; ZAMBONIN, R.M.; NAKAZONO, E.M. Recuperação de áreas florestais degradadas utilizando a sucessão e as interações planta-animal. Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica - Série Cadernos da Biosfera, nº 14. São Paulo, 1999. 42 p.
6 - GUEVARA, S.; PURATA, S.E.; VAN DER MAAREL, E. The role of remant trees in tropical secondary sucession. Vegetatio, Holanda, vol.66, 1986. p. 77-84
7 - BECHARA, F.C.; CAMPOS FILHO, E.M.; BARRETO, K.D.; ANTUNES, A.Z.; REIS, A. Nucleação de diversidade ou cultivo de árvores nativas? Qual paradigma de restauração?. In: SIMPÓSIO NACIONAL E CONGRESSO LATINO-AMERICANO SOBRE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS, 6, 2005. Anais... Curitiba: SOBRADE, 2005. p. 355-363.
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